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Pare de tentar conseguir e você terá | A lei invertida

E se eu te dissesse que tudo o que você está fazendo para ser feliz está, na verdade, te deixando mais longe da felicidade? Sim, você ouviu direito. Quanto mais você corre atrás dela, mais ela parece fugir. É como tentar pegar água com as mãos: quanto mais você aperta, mais ela escorre pelos seus dedos. E aí, você fica se perguntando: 'O que eu estou fazendo de errado?'


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Agora, pense comigo: você está em uma maratona, correndo com tudo que tem para chegar à linha de chegada. Sua respiração está ofegante, suas pernas doem, e você está exausto. Mas, de repente, alguém te diz: 'Se você parar de correr, você chega lá.' Parece absurdo, não é? Mas e se eu te disser que essa é exatamente a chave para conseguir o que você quer na vida?



Prepare-se, porque isso vai mudar a forma como você vê tudo. Vamos explorar juntos por que, às vezes, fazer menos é a melhor maneira de conseguir mais. E no final, você vai se perguntar: 'Por que eu não pensei nisso antes?'


Vamos começar a definir este ponto de partida: O que estamos tentando alcançar?

Todos nós estamos em busca de algo. Seja felicidade, sucesso, amor ou paz, parece que há sempre um objetivo no horizonte que nos motiva a seguir em frente. Mas aqui está a questão: o que realmente queremos? Será que sabemos, de fato, o que nos traria satisfação plena? Ou estamos apenas correndo atrás de ideias vagas, como quem tenta agarrar o vento?

E se você estivesse em um labirinto. Sabe que há uma saída, mas não faz ideia de como ela se parece. A cada curva, você espera encontrar a luz, mas só se depara com mais paredes. Essa é a nossa busca: uma jornada sem mapa, onde o destino é incerto, mas a necessidade de encontrá-lo é urgente. Será que estamos procurando no lugar certo?


Alan Watts, já dizia algo intrigante: "Nós não sabemos o que queremos porque, na verdade, já temos." Parece contraditório, não é? Mas pense bem: quantas vezes você já alcançou algo que desejava, só para perceber que a satisfação durou pouco? Isso acontece porque nossa mente está sempre buscando a próxima coisa, como se o que temos agora nunca fosse suficiente.

E se, em vez de olharmos para fora, olhássemos para dentro? E se o que estamos buscando não estiver em um lugar distante, mas dentro de nós mesmos? Pode ser que a chave para a realização não esteja em conquistar mais, mas em perceber que já temos o essencial. Afinal, como dizia Watts, "a felicidade não é algo que você encontra; é algo que você percebe."


É preciso um senso de falta.

Você já teve aquela sensação de que, não importa o quanto conquiste, sempre falta algo? Como se houvesse um buraco invisível dentro de você, que nenhum sucesso, nenhum objeto, nenhuma experiência parece preencher. É como uma coceira que não para: quanto mais você coça, mais ela coça. E, no fim, você fica se perguntando: "Por que nada é suficiente?"


Pense na última vez que você comprou algo que desejava muito. Talvez fosse um celular novo, um par de sapatos ou até uma viagem dos sonhos. No começo, a empolgação era enorme, não é? Mas, depois de alguns dias, aquele brilho inicial desapareceu. E, de repente, você já estava pensando na próxima coisa que queria. Por que isso acontece?


Esse ciclo parece não ter fim. Quanto mais tentamos preencher essa falta, mais ela parece crescer. É como tentar encher um balde furado: você joga água, mas ele nunca fica cheio. E, no processo, você se cansa, se frustra e se pergunta: "Será que algum dia vou me sentir completo?"

O filósofo Arthur Schopenhauer chamava isso de "vontade". Segundo ele, somos movidos por uma força interior que nos faz sempre querer mais, mas nunca nos deixa satisfeitos. É como se estivéssemos presos em uma roda gigante de desejos: cada conquista nos leva a um pico momentâneo de alegria, mas logo voltamos ao ponto de partida, prontos para a próxima volta.


E o pior é que, muitas vezes, nem sabemos exatamente o que queremos. A falta que sentimos é vaga, difusa, como uma névoa que não conseguimos dissipar. Será que estamos buscando as coisas certas? Ou será que estamos apenas tentando preencher um vazio que não pode ser preenchido com coisas externas?

Aqui está o paradoxo: quanto mais tentamos nos livrar dessa sensação de falta, mais ela parece persistir. É como tentar não pensar em um elefante rosa: quanto mais você tenta, mais ele aparece. E, no fim, você acaba gastando toda a sua energia lutando contra algo que talvez nem precise ser combatido.


Mas e se, em vez de tentar preencher essa falta, a gente simplesmente aceitasse que ela existe? E se, em vez de correr atrás de mais e mais, a gente parasse para olhar para dentro e perguntar: "O que realmente importa para mim?" Talvez a resposta não esteja em ter mais, mas em ser mais.


É preciso ter vontade de viver.

A vontade de viver é uma força poderosa. Ela nos faz levantar da cama todos os dias, lutar por nossos sonhos e superar desafios. Mas, ao mesmo tempo, ela pode ser uma faca de dois gumes. Ela nos move, mas também nos aprisiona. É como se estivéssemos em uma corrida sem linha de chegada, sempre buscando algo, mas raramente parando para desfrutar do que já conquistamos.


Imagine um hamster correndo em sua rodinha. Ele se esforça, se movimenta, mas nunca sai do lugar. Agora, pense na sua própria vida: quantas vezes você já se sentiu assim? Correndo atrás de metas, acumulando conquistas, mas sem sentir que está realmente avançando? Será que estamos vivendo ou apenas sobrevivendo?


Aqui está o paradoxo: quanto mais tentamos controlar nossa vida, mais ela parece escapar do nosso controle. Queremos planejar cada detalhe, garantir que tudo saia perfeito, mas a vida tem um jeito engraçado de nos surpreender. E, no fim, acabamos nos sentindo como aquele hamster: cansados, mas sem ter chegado a lugar nenhum.

Pense em alguém que trabalha incansavelmente para ficar rico. Essa pessoa dedica horas intermináveis ao trabalho, abrindo mão de momentos com a família, de hobbies, até mesmo de uma boa noite de sono. E, quando finalmente alcança o sucesso financeiro, percebe que está tão estressada e exausta que não consegue aproveitar o dinheiro que ganhou. O que adianta conquistar o mundo se você não consegue desfrutar dele?


Essa é a ironia da vontade de viver: ela nos impulsiona a buscar mais, mas muitas vezes nos impede de apreciar o que já temos. Será que estamos vivendo para conquistar ou conquistando para viver? A resposta pode estar em um equilíbrio delicado, que nem sempre é fácil de alcançar.


E o que dizer daqueles momentos em que a vontade de viver parece desaparecer? Quando tudo parece sem sentido, e a ideia de continuar lutando parece esmagadora? Até mesmo nesses momentos, a vontade de viver está lá, mesmo que de forma sutil. Ela pode se manifestar como um pequeno desejo de ver o sol nascer no dia seguinte, ou de experimentar algo novo. Ela é persistente, mesmo quando estamos frágeis.

Mas talvez a grande lição seja esta: a vontade de viver não precisa ser uma corrida desenfreada. Ela pode ser uma caminhada, onde cada passo é valorizado, cada momento é apreciado. E, às vezes, parar de correr pode ser a melhor maneira de seguir em frente.


Outro ponto é como ter o que queremos?

Às vezes, a resposta para o que buscamos está no oposto do que fazemos. Em vez de correr atrás, parar. Em vez de tentar controlar, deixar fluir. Parece contra-intuitivo, não é? Mas é exatamente isso que a "lei do esforço reverso" propõe: quanto mais você tenta, menos você consegue. E quanto menos você tenta, mais as coisas acontecem naturalmente.


Você está tentando dormir. Quanto mais se esforça para pegar no sono, mais acordado fica. Você vira de um lado para o outro, conta carneirinhos, respira fundo, mas o sono não vem. Sabe quando ele finalmente chega? Quando desiste de tentar. Quando para de lutar contra a insônia e simplesmente deixa o corpo relaxar. O sono vem sozinho, sem esforço.

A vida funciona da mesma maneira. Quando paramos de lutar contra as coisas, elas começam a fluir. É como soltar uma pedra na água: ela afunda naturalmente, sem que você precise forçar. O segredo está em confiar no processo, em vez de tentar controlar cada detalhe.


Pense na felicidade. Quantas vezes você já se pegou dizendo: "Quando eu tiver isso, vou ser feliz"? Seja um novo emprego, um relacionamento, uma viagem ou qualquer outra coisa. Mas, quando você finalmente alcança o objeto de desejo, a felicidade parece durar pouco. E logo você já está pensando em outra coisa. Será que a felicidade está mesmo nas conquistas, ou na forma como vivemos o presente?

A chave é: se você quer ser feliz, pare de perseguir a felicidade. Em vez de correr atrás de algo que parece sempre fugir, pare e aprecie o que já tem. A gratidão pelo presente pode ser o que falta para você perceber que a felicidade já está aí, esperando para ser vivida.


O mesmo vale para o amor. Quantas pessoas passam a vida buscando desesperadamente por um parceiro, como se o amor fosse algo que só existe lá fora? Mas e se o amor começar dentro de você? Ame a si mesmo primeiro. Quando você se aceita e se valoriza, o amor dos outros se torna um complemento, não uma necessidade. E, de repente, você percebe que o amor já estava dentro de você o tempo todo.

Isso não significa que devemos abandonar todos os nossos objetivos e sonhos. Longe disso. Mas talvez a maneira como buscamos essas coisas precise mudar. Em vez de correr atrás delas como se fossem a única coisa que importa, podemos nos permitir viver o caminho. A jornada pode ser tão importante quanto o destino.


E quando falamos em "deixar fluir", não estamos sugerindo que você fique parado, esperando que as coisas caiam do céu. É mais sobre estar presente, aberto às oportunidades, sem se apegar desesperadamente aos resultados. É como surfar: você não controla as ondas, mas pode escolher como navegar por elas.


Pense que você está segurando sua respiração. Quanto mais tenta segurá-la, mais difícil fica. Mas, quando você solta o ar, a respiração volta naturalmente, sem esforço. A vida é assim também. Quando paramos de tentar controlar tudo, as coisas começam a se encaixar.

E o que dizer daqueles momentos em que tudo parece dar errado? Quando se sente perdido, sem saber para onde ir? Até nesses momentos, a "lei do esforço reverso" pode ser uma aliada. Parar de lutar contra a situação e simplesmente aceitá-la pode ser o primeiro passo para encontrar uma solução. Às vezes, a resposta está em deixar de lado a necessidade de ter todas as respostas.


No final das contas, a vida não é um problema a ser resolvido. Pare de lutar contra a correnteza e deixe-se levar pelo rio. Você pode descobrir que o que sempre quis já estava dentro de você, esperando para ser encontrado.


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